Fabaceae

Hymenolobium grazielanum H.C.Lima

Como citar:

Eduardo Fernandez; Eduardo Amorim. 2018. Hymenolobium grazielanum (Fabaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

85.536,682 Km2

AOO:

20,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Sim

Detalhes:

Hymenolobium grazielanum é uma espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). A espécie foi registrada no estado do AMAZONAS, municípios Manaus (Coelho INPA3409) e São Gabriel da Cachoeira (Lima 3338).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2018
Avaliador: Eduardo Fernandez
Revisor: Eduardo Amorim
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore de até 9 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018). Foi coletada em Campinarana associada a Amazônia no estado do Amazonas, municípios de Manaus e São Gabriel da Cachoeira. Apresenta distribuição ampla, EOO=69043 km² e ocorrência em áreas onde ainda predominam na paisagem extensos e pouco alterados remanescentes florestais.Aparentemente, a espécie encontra-se livre de ameaças diretas como corte seletivo ou outros usos que afetem sua perpetuação. Adicionalmente, áreas de floresta em estado primitivo e com baixo volume de coletas botânicas predominam na sua região de ocorrência, apesar do aumento consistente nos vetores de stress por todo o sul da Amazônia. Assim, considera-se a espécie como de Menor Precoupação (LC) no momento. Estudos específicos sobre sua distribuição, números e tendências populacionais e impacto de vetores de stress devem ser conduzidos a fim de subsidiar uma avaliação de risco de extinção robusta no futuro e evitar assim sua inclusão em categoria de ameaça mais restritiva ante as crescentes ameaças documentadas por toda a Amazônia (Charity et al. 2016; Fernside, 2016; Fernside, 2015; MME, 2014; Nepstad et al., 2006).

Último avistamento: 2013
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Não

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Espécie descrita em: Acta Amazonica 12(1): 42–43, f. 1, 3. 1982.

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido
Detalhes: Não é conhecido o valor econômico da espécie.

População:

Detalhes: Não existem dados sobre a população.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Longevidade: perennial
Biomas: Amazônia
Vegetação: Campinarana
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Detalhes: Árvore 9 m de alt (Lima 3338), a espécie ocorre na Amazônia, na campinarana (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018)
Referências:
  1. Hymenolobium in Flora do Brasil 2020 em construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro.Disponível em: <http://reflora.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB79081>. Acesso em: 01 Nov. 2018

Reprodução:

Detalhes: Hymenolobium grazielanum é uma espécie hermafrodita, foi coletada com flor em fevereiro (Coelho INPA3409)
Fenologia: flowering (Fev~Fev)
Sistema sexual: hermafrodita

Ameaças (3):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 3.2 Mining & quarrying habitat present regional high
O município de São Gabriel da Cachoeira contém reservas importantíssimas de minério (nióbio, manganês e fosfato) que estão sendo visadas para exploração, já possui rodovias dentro dos seus limites (Perimetral Norte e a Rodovia São Gabriel-Cucuí parcialmente construída), instalações militares, seis reservas indígenas, incluindo uma missão salesiana e está sofrendo invasões muito sérias por parte de garimpeiros (especialmente ao longo Rio Cauaburí) (Rylands; Pinto, 1998).
Referências:
  1. Rylands, A. B., Pinto, L. P. S., 1998. Conservação da Diversidade da Amazônia Brasileira: uma análise do sistema de conservação. Cadernos FBDS. Vol. 1. Rio de Janeiro: Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.1 Ecosystem conversion 1.1 Housing & urban areas habitat,occurrence past,present local high
O crescimento urbano de Manaus foi o maior da região Norte, sendo considerada hoje o 12º maior centro urbano do país, e uma metrópole regional, com 1.644.690 habitantes (estimativa IBGE, 2005). Nos últimos dez anos, Manaus, foi dentre os municípios mais populosos do Brasil, o que apresentou a maior taxa média geométrica de crescimento anual (Nogueira et al., 2007)
Referências:
  1. Nogueira, A.C.F., Sanson, F., Pessoa, K., 2007. A expansão urbana e demográfica da cidade de Manaus e seus impactos ambientais. Anais do Xlll Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Florianópolis, Brasil, INPE p.5427-5434.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 4.1 Roads & railroads habitat past,present,future national high
Fernside (2015) argumenta que as estradas atuam como impulsionadoras do desmatamento, atraindo trabalhadores migrantes e investimentos para áreas de floresta anteriormente inacessíveis dentro da Amazônia. Segundo o autor, o desmatamento é então estimulado não apenas por estradas que aumentam a lucratividade da agricultura e da pecuária, mas também pelo efeito das estradas (acessibilidade) na especulação de terra e no estabelecimento de posse de terras. As principais estradas são acompanhadas por redes de estradas laterais construídas por madeireiros, mineiros e posseiros. O desmatamento se espalha para fora das rodovias e suas estradas de acesso associadas. As rodovias também fornecem caminhos para a migração de fazendeiros sem terra e outros, gerando assim o desmatamento em áreas adjacentes. As estradas principais estimulam a construção de estradas secundárias que fornecem acesso a regiões distantes da rota principal da rodovia. Um exemplo importante é a reconstrução planejada da rodovia BR-319 (Manaus-Porto Velho). Estradas laterais abririam o grande bloco de floresta intacta na parte oeste do estado do Amazonas, que incluía vastas áreas de terras públicas - a categoria mais vulnerável à invasão por grileiros e posseiros (Fernside e Graça, 2006).
Referências:
  1. Fearnside, P.M., 2015. Highway construction as a force in destruction of the Amazon forest. pp. 414-424 In: R. van der Ree, D.J. Smith & C. Grilo (eds.) Handbook of Road Ecology. John Wiley & Sons Publishers, Oxford, UK. 552 pp.
  2. Fearnside, P.M., Graça, P.M.L.D.A., 2006. BR-319: Brazil’s Manaus-Porto Velho Highway and the potential impact of linking the arc of deforestation to Central Amazonia. Environ. Manage. 38, 705–716.

Ações de conservação (1):

Uso Proveniência Recurso
17. Unknown
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais.